Se você tem uma marca que ainda não está criando vlogs, pode estar deixando passar uma das formas mais poderosas de atrair e conquistar uma audiência fiel.
Apesar de ser um formato de conteúdo popular do YouTube, o vlog continua abrindo espaço para novos criadores todos os dias — e acredite, ainda tem MUITA audiência sedenta por conteúdo autêntico e bem feito.
Então já prepara o “REC” porque, nesse artigo, eu vou te mostrar como fazer um conteúdo nesse formato que faça as pessoas grudarem na tela. Bora?
O que é um vlog?
Vlog é um formato de vídeo em que o criador tem uma conversa direta com a câmera sobre qualquer assunto. Geralmente, os vídeos de vlog são publicados em plataformas de mídias sociais como YouTube e TikTok.
Alguns vloggers preferem improvisar e gravar de maneira espontânea, sem seguir um roteiro. Outros vloggers seguem um planejamento, escrevendo tópicos ou roteiros completos para guiar o conteúdo do vídeo.
Mas, mesmo quando há um roteiro, o tom de um vlog continua sendo o de uma conversa informal para manter o clima de proximidade com quem assiste.
“Ok, mas ainda vale a pena gravar vlog hoje em dia?”
Com tanta gente criando conteúdo, tanta plataforma surgindo e tanta concorrência, é normal que essa dúvida apareça: será que ainda vale a pena?
Bom, a verdade é que, se você está pensando em entrar nesse universo ou voltar a produzir, saiba que o timing ainda está do seu lado.
Claro, o formato não é novidade: os vlogs ganharam força há mais de uma década, quando o YouTube virou a plataforma para quem queria compartilhar a própria vida.
Desde então, o que era uma simples conversa com a câmera se transformou em algo muito maior: um modelo de negócio viável.
Hoje em dia, muitos criadores ainda vivem exclusivamente de vlogs. Para eles, gravar vídeos se tornou a principal fonte de renda.
Outros profissionais e marcas não dependem só do vlog, mas usam o formato como parte estratégica para atrair público, gerar tráfego e vender mais.
E sabe qual o ponto em comum entre esses dois cenários? Em ambos, o vlog rende.
Financeiramente, o vlog continua sendo um formato acessível e lucrativo. Em termos de tráfego orgânico, ele ainda faz marcas e profissionais alcançarem um público novo e manterem uma audiência fiel.
Quais são as principais plataformas utilizadas para vlogs?
Na lista abaixo, você vai descobrir como funcionam as principais plataformas para vlogs e quais são os caminhos disponíveis para monetizar seu conteúdo.
YouTube
Com mais de 2,5 bilhões de usuários ativos mensais, o YouTube continua sendo uma das plataformas mais estáveis e lucrativas para vloggers, graças ao seu programa de monetização bem estabelecido.
Entrando no Programa de Parcerias do YouTube, o criador passa a receber diretamente pela exibição de anúncios nos seus vídeos.
Em média, o YouTube paga cerca de US$ 0,01 a US$ 0,03 por visualização, o que significa que a cada 1.000 visualizações, o ganho pode variar entre US$ 10 e US$ 30.
Vale lembrar que esse é um valor estimado, pois o faturamento depende do tipo de conteúdo, do público que assiste e dos anunciantes.
Outro ponto importante é que o YouTube fica com 45% da receita de anúncios, ou seja, o criador recebe 55% do valor total arrecadado com os anúncios exibidos em seus vídeos.
Além da monetização via anúncios, o YouTube também oferece outras fontes de renda, como:
- Super Chats em transmissões ao vivo, clube de membros (em que seguidores pagam uma assinatura mensal para ter acesso a conteúdos exclusivos);
- venda de produtos integrados.
Para quem produz vlogs, essa plataforma é uma das mais completas, pois combina volume de público, diversidade de formatos e pagamento direto.
Um exemplo de vlog publicado por um canal que tem um pouco mais de 50 mil inscritos:
TikTok
O TikTok ultrapassou a marca de 1 bilhão de usuários ativos mensais, consolidando-se como uma plataforma de enorme impacto para criadores de conteúdo.
Na plataforma, os vloggers já têm acesso a formas mais diretas de monetização, principalmente através do Fundo de Criadores, que é um programa oficial da plataforma para remunerar vídeos com bom desempenho.
Nesse caso, o TikTok paga aos criadores com base no número de visualizações, no engajamento e na originalidade do conteúdo.
Para participar do fundo, o criador precisa ter pelo menos 10 mil seguidores e 10 mil visualizações nos últimos 30 dias, além de ter 18 anos ou mais.
O valor recebido varia bastante e depende de uma combinação de fatores, mas, de modo geral, os ganhos por visualização são mais baixos se comparados aos do YouTube.
Além do Fundo de Criadores, há outras formas de ganhar dinheiro, como os presentes virtuais durante lives, que são enviados pelos seguidores e podem ser convertidos em dinheiro real, e as parcerias com marcas, que seguem um modelo similar ao do Instagram.
Hoje, é comum que vloggers no TikTok fechem contratos para incluir produtos ou serviços de empresas nos vídeos e recebam por isso.
@isabellarotta vlog com música que eu amo e vcs tbm pra animar o meio da semana 💫 #umdiacomigo #adayinmylife #rotina #vlog #vlogdodia #dailyvlog #dailylife #routine
♬ som original - ★
O Instagram conta com mais de 2 bilhões de usuários ativos mensais no mundo, sendo uma das redes sociais mais populares da atualidade.
Mas, ao contrário de outras plataformas da lista, o Instagram não possui um programa oficial de pagamento direto aos criadores de conteúdo apenas pelas visualizações ou engajamento.
Ou seja, a rede social em si não deposita dinheiro na conta do vlogger pelo simples fato de ele postar vídeos no feed e nos Reels.
O que acontece no Instagram é que a monetização ocorre de maneira indireta, principalmente por meio de parcerias com marcas.
Empresas de diversos setores buscam perfis com boa audiência e engajamento para fazer campanhas pagas, onde o criador divulga produtos ou serviços dentro de seus conteúdos.
Dependendo do tamanho e da influência do vlogger, esses contratos podem variar em valor, indo de algumas centenas até milhares de dólares por post ou série de conteúdos.
Além das parcerias, outras formas indiretas de gerar receita incluem o marketing de afiliados, onde o criador compartilha links de produtos e recebe uma comissão por cada venda realizada por meio desses links, e a utilização da loja integrada, em que produtos podem ser vendidos diretamente dentro da plataforma.
Em alguns países, o Instagram até lançou iniciativas pontuais, como bônus para criadores que atingem determinadas metas em Reels, mas isso não é um programa de monetização recorrente ou disponível globalmente.
O modelo de negócios no Insta gira muito em torno da capacidade do vlogger de se posicionar como uma ponte entre marcas e consumidores, do que em receber da rede social.
Exemplo de vlog como Reels no Instagram:
Quais são os tipos de vlog?
Separamos os estilos mais comuns de vlog e como cada um deles pode ser o caminho para empresas e profissionais criarem conteúdos.
Conteúdo diário
O clássico dos clássicos! Conhecido como “daily vlog”, é o tipo de vídeo em que o criador compartilha o dia a dia, os perrengues e as pequenas vitórias da vida.
Esse formato cria um laço forte com o público, porque a galera sente que está acompanhando de perto a sua vida real, com direito a café derramado de manhã e uma série no fim do dia. É vida real mesmo, sem filtro e com muita identificação.
Viagem
O vlog de viagem é o formato em que o criador leva a audiência junto na aventura, mostrando paisagens, curiosidades, comidas esquisitas (ou deliciosas) e situações inesperadas tipo “perdi o voo e dormi no aeroporto”.
Além de entreter, esse tipo de vlog inspira quem sonha em viajar e traz dicas de cada destino. É tipo ser guia turístico e protagonista ao mesmo tempo!
Rotina
Esse tipo é bem parecido com o vlog diário, mas com um foco maior em mostrar a organização (ou a bagunça) da rotina.
Pode ser sobre a rotina de estudos, a rotina fitness ou até a rotina caótica de quem trabalha, cuida da casa e tenta não enlouquecer no meio do caminho.
O diferencial aqui é trazer dicas, truques e mostrar como você dá conta (ou tenta dar conta) das tarefas. Adoramos espiar a vida dos outros!
Bastidores
Esse formato serve para mostrar o que rola por trás das câmeras. Pode ser o making of da produção de um show, um evento ou um projeto criativo.
O público ama ver os bastidores porque sente que está tendo acesso VIP, algo que nem todo mundo mostra.
É como se você estivesse convidando o espectador para ficar no camarim com você e ver os erros, acertos e as piadas internas que fazem parte do processo.
Como planejar um vlog?
Planejar um vlog não precisa ser algo demorado. Na verdade, com alguns passos simples, você já consegue organizar tudo o que precisa para gravar um vídeo:
Objetivo do vídeo
O objetivo do seu vlog vai guiar toda a produção, desde o tom até a forma de edição. Pergunte-se: “O que eu quero que as pessoas sintam ou façam depois de assistir?“.
Algumas dicas para definir um objetivo:
- Entenda se o vídeo vai informar, entreter, inspirar ou vender algo;
- Entenda quem é seu público-alvo;
- Escolha um tema central que seja claro;
- Decida se haverá uma mensagem principal que precisa ser passada;
- Estabeleça uma chamada para ação (CTA) para o final do vídeo.
Um objetivo bem definido ajuda a não perder o foco durante a gravação e pode economizar tempo na edição.
Roteiro
Um bom roteiro te salva de esquecer pontos importantes e ainda deixa o vídeo mais fluido.
- Escreva uma introdução que capture a atenção logo nos primeiros segundos;
- Estruture o conteúdo em blocos ou tópicos lógicos;
- Adicione anotações sobre cenas ou imagens que quer gravar;
- Inclua momentos de interação, como perguntas para a audiência;
- Planeje uma conclusão que feche o vídeo com chave de ouro.
Não precisa ser um roteiro engessado, ok? Deixe espaço para improvisos e momentos mais naturais — isso deixa o vlog mais autêntico!
Equipamento
Você não precisa de um estúdio para gravar um vlog! Mas alguns cuidados com o equipamento podem melhorar (e muito) a qualidade do seu vídeo e do áudio:
- Verifique se sua câmera ou celular tem boa resolução (Full HD já é suficiente);
- Use um microfone externo se possível, para capturar o áudio limpo;
- Garanta que a iluminação do ambiente seja adequada (luz natural ou softbox);
- Leve baterias e cartões de memória extras se for gravar fora de casa;
- Faça testes rápidos antes de gravar tudo, para checar som e imagem.
O áudio ruim espanta a audiência mais rápido que uma imagem desfocada. Invista em som antes de pensar em trocar a câmera!
Local
O ideal é escolher um ambiente que combine com o objetivo do vídeo e ajude a contar a sua história:
- Escolha um lugar que tenha boa iluminação e pouco ruído;
- Verifique se o fundo está limpo e sem distrações desnecessárias;
- Avalie se o local reflete a mensagem que você quer passar;
- Grave em diferentes ângulos para dar mais dinamismo ao vídeo;
- Certifique-se de que o espaço é confortável para você e o equipamento.
Um cenário simples, mas bem pensado, pode gerar mais conexão do que um ambiente superproduzido. O segredo está no equilíbrio!
Edição
Mesmo vlogs mais espontâneos se beneficiam de cortes e ajustes de som. Escolher uma boa ferramenta — e saber o básico dela — vai valorizar seu trabalho e deixar tudo mais profissional. Como colocar isso em prática:
- Escolha uma ferramenta de edição que funcione bem no seu computador ou celular (CapCut, Adobe Premiere, iMovie…);
- Aprenda o básico: cortar, juntar, ajustar som e imagem;
- Use músicas e efeitos com moderação e sempre com direito de uso;
- Exporte o vídeo na melhor qualidade possível;
- Salve versões do projeto para não perder tudo se der erro.
Não precisa gastar horas na edição pra ter um bom resultado. Como Rafael Kiso, CMO da mLabs, explica, o algoritmo não está preocupado com o nível de produção do seu vídeo, e sim com a reação das pessoas.
Quanto mais autêntico seu conteúdo for, mais ele tende a ressoar com o público:
Como gravar um vlog?
Existem aspectos que ajudam a tornar o vídeo mais profissional e, principalmente, mais atrativo para quem vai assistir. Aqui estão alguns deles:
Seja espontâneo
A naturalidade na frente da câmera é fundamental para criar conexão com quem está assistindo.O público percebe quando o criador está confortável e autêntico.
Você pode treinar a fala antes, mas o ideal é manter o tom de conversa e evitar ler roteiros de forma literal, para que o vlog pareça mais uma troca de ideias (e menos uma apresentação).
Interaja com o público
Um vlog é como iniciar um diálogo com quem está do outro lado da tela. Inclua perguntas e sugestões de interação ao longo do vídeo, como pedir para o público comentar, responder a uma pergunta ou compartilhar suas opiniões.
Seja consistente
Estabeleça uma frequência de postagem — semanal, quinzenal ou conforme sua capacidade de produção — e mantenha esse compromisso.
Varie ângulos e enquadramentos
A variação de planos melhora a fluidez e evita que o vídeo fique monótono. Alterne entre planos fechados (close-ups), planos médios e planos abertos, de acordo com a narrativa do vlog. Um bom exemplo:
Adicione efeitos visuais
Efeitos de transição, zooms rápidos e cortes bem executados dão ritmo ao vídeo e ajudam a manter a atenção da audiência.
Softwares como Adobe Premiere Pro ou ferramentas mais simples, como CapCut e InShot, permitem inserir efeitos básicos que profissionalizam o vlog sem sobrecarregar a estética
Coloque legendas
As legendas melhoram a acessibilidade do conteúdo e aumentam a retenção de quem assiste em ambientes sem áudio, como no transporte público ou em locais silenciosos.
Pense na thumbnail
A thumbnail é a capa do vídeo responsável por atrair o clique do usuário. Use imagens de alta resolução, com expressões faciais marcantes ou cenas que transmitam uma emoção.
Inclua elementos visuais que reforcem o tema do vídeo, como textos curtos (preferencialmente entre 3 e 5 palavras) e cores que se destaquem no feed da plataforma.
Então, bora começar a criar o seu primeiro vlog? Não espere ter o equipamento perfeito ou o cenário dos sonhos. O mais importante é começar e ir ajustando no caminho. Se você tem uma marca, estude a possibilidade de usar esse formato na produção de conteúdo.
Quer dar o próximo passo e aprender como usar influenciadores para turbinar seus conteúdos? Então, baixe agora o manual gratuito da mLabs sobre o assunto!