Todo mundo sabe que os brasileiros são os melhores em criar memes, trollagens e correntes. Mas nem só de Hu3 vive o brasileiro nas redes sociais.
Se você já postou uma foto no Instagram, adicionou um filtro vintage e colocou aquela legenda inspiradora, deve agradecer a Mike Krieger.
Esse brasileiro, co-fundador do Instagram, ajudou a transformar um app de fotos em uma das redes sociais mais influentes do planeta.
Mas você já se perguntou como um cara de São Paulo foi parar no Vale do Silício e criou um dos aplicativos mais populares da história?
A jornada de Krieger envolve paixão por design, tecnologia e um encontro certeiro com Kevin Systrom, que resultou no nascimento do Instagram.
Hoje, vamos mergulhar na trajetória de Mike Krieger, desde seus primeiros passos no mundo da tecnologia até suas novas empreitadas depois de deixar o Instagram.
Quem é Mike Krieger?

Imagem: Forbes Brasil
Mike Krieger nasceu em São Paulo, Brasil, em 1986. Desde pequeno, já demonstrava interesse por tecnologia e design, duas paixões que mais tarde moldariam sua carreira.
Ainda jovem, mudou-se para os Estados Unidos para estudar na renomada Universidade de Stanford, onde se formou em Simbiose Humano-Computador, um campo que combina design, psicologia e tecnologia para criar interfaces intuitivas para os usuários.
Foi durante sua passagem por Stanford que Krieger aprimorou suas habilidades em programação e experiência do usuário, desenvolvendo projetos inovadores e chamando a atenção da comunidade acadêmica e do setor de tecnologia.
Essa bagagem seria essencial para o desenvolvimento do Instagram, já que um dos seus principais focos sempre foi a simplicidade e a fluidez na experiência do usuário.
Além de sua formação, Mike também se destacou por sua capacidade de traduzir conceitos técnicos em soluções práticas, tornando a navegação nos aplicativos mais intuitiva e acessível.
Como Mike Krieger ajudou a criar o Instagram?

Imagem: Estadão
A história do Instagram começa em 2010, quando Mike Krieger e Kevin Systrom decidiram criar um aplicativo para compartilhamento de fotos.
Na época, ambos já tinham experiência no setor de tecnologia: Systrom havia trabalhado no Google e Krieger trazia consigo um profundo conhecimento em design de interfaces e usabilidade, adquirido em Stanford.
Inicialmente, a ideia da dupla não era criar uma rede social baseada somente em fotos. O projeto começou como um aplicativo chamado Burbn, que combinava check-ins, compartilhamento de fotos e gamificação, algo como foi o Foursquare, em seu auge.

Aplicativo Burbn (Fonte PG Designs)
No entanto, ao perceberem que os usuários estavam mais interessados na parte de fotos do que nos outros recursos, decidiram simplificar a experiência e focar nesse aspecto. Foi assim que nasceu o Instagram.
O papel de Mike Krieger foi essencial para transformar o Instagram no sucesso que conhecemos hoje.
Ele foi o responsável pelo desenvolvimento da interface do usuário, garantindo que o aplicativo fosse intuitivo, rápido e eficiente.
"As redes sociais deveriam aprender sobre você, não forçar conexões artificiais."
Mike Krieger
Seu trabalho permitiu que qualquer pessoa pudesse tirar uma foto, aplicar um filtro e compartilhá-la em poucos segundos. Além disso, ele ajudou a construir a infraestrutura técnica que possibilitou o crescimento exponencial da plataforma.
Lançado em outubro de 2010, o Instagram rapidamente se tornou um fenômeno. Em menos de dois meses, já havia atingido um milhão de usuários, um feito impressionante para um aplicativo recém-lançado.
O design simples e a experiência intuitiva, ambos liderados por Krieger, foram determinantes para essa rápida adoção.
A venda do Instagram para o Facebook
O sucesso meteórico do Instagram logo chamou a atenção de gigantes da tecnologia. Com milhões de usuários e um crescimento impressionante, a plataforma se tornou um dos aplicativos mais populares do mundo.
Não demorou muito para que Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, ficasse de olho na empresa de Mike Krieger e Kevin Systrom.
Em abril de 2012, apenas dois anos após o lançamento do Instagram, o Facebook anunciou a compra do aplicativo por US$ 1 bilhão em dinheiro e ações. Na época, essa era uma das maiores aquisições já feitas por uma startup, um marco importante para as redes sociais.
Diferentemente de outras compras do Facebook, que geralmente resultavam na absorção total da empresa adquirida, Krieger e Systrom conseguiram manter o Instagram como um produto separado.
Eles continuaram liderando a plataforma, garantindo que ela preservasse sua identidade e experiência única para os usuários.
O período sob o comando do Facebook trouxe desafios e oportunidades. Com uma estrutura robusta e mais investimentos, o Instagram cresceu ainda mais, incorporando novos recursos como vídeos, Stories e transmissões ao vivo.
No entanto, as mudanças estratégicas e o aumento da influência do Facebook sobre as decisões do Instagram começaram a gerar atritos entre os fundadores e a nova administração.
A venda consolidou Mike Krieger como um dos grandes nomes da tecnologia, inclusive figurando na Forbes Under 30 (2015), mostrando sua capacidade de construir um produto inovador e transformá-lo em um fenômeno global.
Mas, como veremos no próximo tópico, sua trajetória no Instagram não duraria para sempre.
A saída de Mike Krieger do Instagram
“Acho que meu maior arrependimento no Instagram é o quão comercial ele se tornou”, disse Systrom, em entrevista ao podcast da jornalista americana Kara Swisher.
Após anos de crescimento e inovação dentro do Facebook, a relação entre os fundadores do Instagram e a empresa de Mark Zuckerberg começou a se desgastar.
Com o passar do tempo, o Instagram foi se tornando cada vez mais integrado ao ecossistema do Facebook, perdendo parte da autonomia que Krieger e Systrom tinham no início.
A gota d’água veio em 2018, quando Krieger e Systrom anunciaram publicamente sua saída do Instagram.

Embora os motivos exatos nunca tenham sido completamente revelados, rumores apontam que os fundadores estavam insatisfeitos com a crescente interferência do Facebook nas decisões estratégicas da plataforma, incluindo mudanças na experiência do usuário e a priorização de anúncios.
Em um post oficial, Kevin Systrom disse que ambos estavam saindo para “explorar novamente a criatividade e a curiosidade”. Já Krieger manteve um tom diplomático, agradecendo à equipe do Instagram e ao Facebook pela jornada.
Apesar da despedida do Instagram, Krieger não ficou parado por muito tempo. Ele logo começou a pensar em novas ideias e projetos, provando que sua trajetória na tecnologia estava longe de terminar.
O legado de Mike Krieger na tecnologia e no empreendedorismo
Mike Krieger deixou sua marca no mundo da tecnologia não apenas como um dos criadores do Instagram, mas como um exemplo de inovação e resiliência.
Seu trabalho ajudou a redefinir a forma como compartilhamos fotos e vídeos, transformando o Instagram em uma das redes sociais mais influentes do mundo.
Além do impacto na experiência digital, Krieger também se tornou referência para novos empreendedores, especialmente para aqueles que buscam criar produtos intuitivos e escaláveis.
"Toda rede social começa como uma ferramenta útil antes de se tornar uma comunidade, e não o contrário."
Mike Krieger
Sua trajetória mostra a importância de combinar design, engenharia e experiência do usuário para desenvolver plataformas que realmente engajam as pessoas.
Seu legado não se resume ao código que escreveu ou aos produtos que lançou. Krieger inspira a nova geração de programadores e designers a pensar além do óbvio, a priorizar a experiência do usuário e a inovar sem medo das mudanças.
Seu impacto ainda será sentido por muitos anos, seja no Instagram, em futuros projetos ou no mercado de tecnologia como um todo.
O que esperar de Mike Krieger no futuro?
Embora Mike Krieger tenha deixado o Instagram em 2018, sua jornada no mundo da tecnologia está longe de terminar.
Seu espírito inovador e sua capacidade de identificar oportunidades no universo digital indicam que ele ainda tem muito a contribuir para o setor.
Após a saída do Instagram, Krieger dedicou-se a novos projetos e, em 2023, lançou o Artifact, um aplicativo de curadoria de notícias baseado em inteligência artificial.
"A internet nos faz sentir únicos, mas a verdade é que somos padrões que a tecnologia aprende a reconhecer."
Mike Krieger
Com o Artifact, Krieger e Systrom voltaram a apostar na interseção entre tecnologia e consumo de informação.
Mesmo que o aplicativo tenha sido descontinuado em 2024, com a venda para a Yahoo, a iniciativa reforçou o desejo do empreendedor em continuar explorando novas soluções para o digital.
Apesar de sua breve existência, a plataforma demonstrou seu interesse contínuo em criar soluções que aprimorem a experiência digital das pessoas.
Mas o empreendedor não parou por aí. Depois de anos revolucionando a forma como compartilhamos fotos e vídeos, o brasileiro resolveu embarcar em um novo desafio: a inteligência artificial.
A Anthropic, uma das principais concorrentes da OpenAI, o trouxe para ser o diretor de produto (CPO) da empresa, com o objetivo de expandir o Claude, chatbot que disputa espaço com o ChatGPT.
Em seu Instagram, Krieger compartilhou a novidade com entusiasmo:
"A equipe da Anthropic é excepcional, me senti em casa desde as primeiras conversas. Daniela, Dario, Jared e o time encarnam a combinação de talento, empatia e pragmatismo que eu adorava nas equipes do Instagram e Artifact. Estou ansioso para ajudar a moldar o futuro dos produtos alimentados por IA."
Mike Krieger
A chegada de Krieger foi comemorada por Dario Amodei, CEO da Anthropic e ex-vice-presidente de pesquisa da OpenAI. Ele destacou que a experiência do brasileiro no desenvolvimento de interfaces intuitivas será essencial para criar formas de interação com a IA.
Com apoio de investidores como Amazon e Alphabet (dona do Google), a Anthropic tem atraído bilhões de dólares para fortalecer suas operações e desafiar o domínio da OpenAI.
Agora, com Krieger na equipe, a empresa ganha um reforço de peso para tornar a inteligência artificial ainda mais acessível e integrada ao dia a dia digital.
A trajetória de Mike Krieger é um exemplo claro de como a inovação e a visão estratégica podem transformar uma ideia em um fenômeno global.
Desde os primeiros dias no Brasil até a criação e ascensão do Instagram, Krieger mostrou não apenas talento técnico, mas também um olhar afiado para a experiência do usuário e o potencial das redes sociais.
A história de Mike Krieger mostra como a tecnologia e a inovação podem transformar a maneira como nos conectamos e nos expressamos no digital.
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