Você sabia que o tempo médio de atenção das pessoas atualmente é de 8 segundos? É uma queda em comparação com 12 segundos no ano 2000 (Microsoft, 2015).
No consumo de informações nas redes sociais, um conteúdo que não prende a atenção do público quase que instantaneamente é ignorado sem a menor cerimônia.
Mas, se você souber como educar enquanto diverte, as pessoas não só vão consumir seu conteúdo, como vão lembrar da sua marca e compartilhar com outras.
Essa é a diferença entre a era da informação e a era do infotenimento.
Nas próximas linhas, você vai descobrir como unir educação e entretenimento, mantendo seu público vidrado do início ao fim e convertendo essa atenção em resultados reais.
Se você quer entender o que faz um conteúdo explodir de engajamento, continue lendo.
O que é Infotenimento?
Infotenimento é uma estratégia de comunicação que integra técnicas do entretenimento a conteúdos informativos para aumentar a retenção e o engajamento do público.
As principais características do infotenimento incluem:
- Uso de storytelling para transforma fatos em histórias que aumentam o impacto emocional e a retenção da informação;
- Linguagem acessível e cativante para evitar termos excessivamente técnicos e aproximar o conteúdo do público;
- Elementos visuais, como gráficos, animações e imagens que ajudam a ilustrar e reforçar a mensagem;
- Tom descontraído que mistura humor, curiosidade e dramatização para prender a atenção;
- Uso de formatos de entretenimento para educar, como séries documentais, esquetes de humor, podcasts narrativos e vídeos dinâmicos no estilo vlog.
O infotenimento não é algo novo. Nos anos 80, os meios de comunicação perceberam que apenas informar já não era suficiente para manter o público engajado.
Programas como 60 Minutes nos EUA e Fantástico no Brasil começaram a usar linguagem mais dinâmica e reportagens envolventes para tornar a informação mais acessível.
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Nos anos 90, a TV explorou essa técnica ainda mais.
Quem cresceu assistindo O Mundo de Beakman ou Castelo Rá-Tim-Bum aprendeu ciência e cultura sem nem perceber que estava estudando.
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Esses programas mostraram que a combinação de humor, personagens carismáticos e interatividade tornava qualquer tema mais interessante.
E com a explosão da internet e das redes sociais, o infotenimento se transformou em um dos pilares da comunicação digital.
Criadores de conteúdo como o canal Nerdologia e Manual do Mundo levam conceitos complexos para milhões de pessoas por meio de vídeos e visuais chamativos.
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
Fora do Brasil, exemplos como Kurzgesagt e Last Week Tonight com John Oliver mostram como até política e ciência podem ser explicadas de forma leve e divertida.


O impacto do infotenimento foi tão grande que as marcas perceberam que precisavam adotar essa abordagem para se conectar com o público. Hoje, não basta apenas vender um produto — é preciso entreter, educar e criar uma experiência memorável.
Nas redes sociais, o infotenimento se tornou a “regra” da comunicação digital.
Um exemplo: as estratégias de empresas como iFood e Nubank, que utilizam memes, vídeos curtos e uma linguagem descontraída para falar sobre seus serviços.
Marcas que apenas postam informações frias e institucionais perdem espaço para aquelas que sabem entreter enquanto informam.
Por que o infotenimento é importante nas redes sociais?
Ninguém abre o Instagram ou o TikTok pensando: “Hoje vou procurar um produto para comprar”. O comportamento é o oposto: as pessoas querem se informar, se entreter e, no meio disso, se conectar com conteúdos que façam sentido para elas.
É por isso que 66% dos usuários de mídias sociais consideram o infotenimento o tipo de conteúdo de marca mais envolvente (Sprout, 2024).
No infotenimento, o conteúdo prende a atenção, gera valor e mantém as marcas no radar do consumidor, sem que ele sinta que está sendo empurrado para uma compra.
A lógica, então, não é insistir para vender, mas sim entregar valor antes de pedir algo em troca. É tocar nas dores e necessidades do público enquanto o educa e entretém. Quem domina essa dinâmica não só atrai mais atenção, mas constrói desejo e fidelização.
O Instagram, por exemplo, quer manter os usuários o máximo de tempo possível na plataforma e, por isso, prioriza conteúdos que engajam rapidamente.
Os dados mostram que o alcance orgânico no Instagram vem caindo e parece ter se estabilizado em apenas 4%. Isso não acontece por acaso.

Como explicou Rafael Kiso no gráfico publicado na newsletter Kiso Insights, cada vez mais pessoas criam conteúdo e os perfis passaram a postar com maior frequência, o que faz com que a concorrência pelo espaço no feed aumente.
O resultado é um alcance menor para aqueles que não ajustam sua estratégia.
Tentar reverter essa tendência é um erro. O Instagram já tem um modelo definido e cabe às marcas e criadores de conteúdo se adaptarem a ele.
O caminho mais inteligente é criar conteúdos que o próprio algoritmo quer entregar.
Se o objetivo da plataforma é manter os usuários engajados, a sua estratégia precisa garantir que o público passe mais tempo interagindo com o seu perfil. E o infotenimento é a melhor maneira de fazer isso acontecer.
Como criar conteúdo na era do infotenimento?
Se as pessoas não consomem o que você posta, elas jamais vão se interessar pelo que você vende. Na era do infotenimento, a regra é clara: primeiro você prende a atenção, depois você converte.
Mas a grande pergunta é: como criar um conteúdo que seja impossível de ignorar? Aqui estão as estratégias que podem mudar o seu jogo.
Pense no conteúdo como o seu primeiro produto
A verdade é que muitas marcas e criadores ainda veem o conteúdo como uma “obrigação” para alimentar as redes sociais. Um erro que custa caro.
Hoje, seu conteúdo precisa ser pensado como um produto gratuito de alto valor, capaz de gerar tanto impacto que seu público sente que “deveria pagar” por ele.
E aqui está a chave: se o conteúdo for tratado como um produto de valor, a audiência verá seu produto pago como algo ainda mais valioso.
No Marketing de Conteúdo, cada post pode resolver um problema, entregar uma sacada ou despertar uma emoção forte.
Quando alguém consome seu conteúdo e sente que aprendeu algo útil ou se entreteve de verdade, você conquistou o que poucos conseguem: atenção e confiança.
O que significa isso na prática?
- Criar posts que realmente resolvem problemas ou esclarecem dúvidas do público;
- Contar histórias que geram identificação e fazem as pessoas quererem acompanhar mais;
- Usar um design visualmente atrativo, sem informações jogadas de qualquer jeito.
Quando você passa a ver o conteúdo como seu primeiro produto, algo muda: ele deixa de ser uma obrigação e passa a ser uma oportunidade real de crescimento.
“Quer que seu perfil cresça? Pense no seu conteúdo como o seu primeiro produto. Se ele é útil, envolvente e compartilhável, as pessoas naturalmente vão consumir mais do que você tem a oferecer. Isso aumenta sua autoridade e mantém sua marca na mente do público. Lembre-se: mídias sociais são sobre conversas e conexões.”
Rafael Kiso, fundador e CMO da mLabs
Ganhe a atenção nos primeiros 3 segundos
O seu maior inimigo hoje não é o algoritmo. É a falta de atenção do público.
As pessoas rolam o feed sem parar. Se seu post não prender a atenção, ele será ignorado em milésimos de segundo. Você pode ter um conteúdo incrível, mas se ninguém parar para assisti-lo, ele não vai ter impacto algum.
Por isso, seu foco deve ser prender o público logo no início. Como fazer isso?
- Use ganchos poderosos: frases que instigam a curiosidade e fazem as pessoas quererem continuar lendo ou assistindo. Exemplos:”O que ninguém te conta sobre…”, “O maior erro que pode acabar com…” ou “Se você está fazendo isso, pare agora!”;
- Corte direto para a parte interessante: nada de introduções longas e chatas. Nos vídeos, comece direto com uma cena impactante ou uma pergunta intrigante.
- Aproveite a força dos elementos visuais: texto grande na tela, cortes rápidos e emojis ajudam a tornar o conteúdo mais dinâmico.
Os primeiros segundos são a diferença entre um post esquecido e um post que viraliza. Se você não prende a atenção rápido, perdeu o jogo.
Formatos certos para crescer
Agora que seu conteúdo tem profundidade e storytelling, você precisa garantir que ele tenha o formato certo para crescer
O Instagram, por exemplo, favorece certos formatos porque quer manter as pessoas na plataforma o máximo possível.
Se você usa esses formatos a seu favor, a própria rede distribui seu conteúdo para mais pessoas.
A pesquisa da Sprout (2024) revelou que os tipos de conteúdos mais engajadores no Instagram são:
- Vídeos curtos de até 15 segundos (capturam atenção rápido);
- Imagens impactantes (ainda funcionam bem);
- Vídeos de 15 a 60 segundos (tempo ideal para explicar algo sem perder a audiência);
- Collabs com influenciadores (credibilidade instantânea);
- Memes (porque humor viraliza!).
Isso significa que, se você ainda foca em posts longos e estáticos sem vídeos ou interações, está perdendo alcance.
O algoritmo prioriza o que mantém as pessoas no app. Quanto mais tempo alguém passa no seu post, mais o Instagram entende que ele é relevante e o distribui para mais pessoas.
A chave para crescer rápido? Criar conteúdo que seja fácil de consumir e impossível de ignorar. Teste vídeos curtos, aposte em trends e utilize narrativas envolventes para aumentar o tempo de retenção.
Tenha um calendário de publicações
Um erro que trava o crescimento no Instagram: postar no improviso.
A falta de planejamento faz você perder oportunidades, postar sem estratégia e, pior, ficar refém da “falta de criatividade”. E quando você não sabe o que postar, acaba criando qualquer coisa – e esse tipo de conteúdo não gera resultado.
Criar um calendário editorial resolve isso de uma vez por todas. Ele te ajuda a:
- Manter um fluxo constante de postagens (consistência = mais alcance);
- Planejar conteúdos estratégicos para vendas (sem ficar só na parte “institucional”);
- Ter uma visão geral do que funciona e do que precisa ser ajustado.
Mas não adianta ter um calendário e preenchê-lo com qualquer coisa. O ideal é seguir um equilíbrio entre conteúdo educativo, entretenimento e posts mais persuasivos.
Se você não tem um planejamento, seu conteúdo nunca vai performar como poderia. A era do infotenimento exige estratégia – e o calendário é o primeiro passo para isso.
Use uma ferramenta de gestão de mídias sociais para ganhar tempo e escalar
Agora que você já sabe que precisa de um calendário estratégico, vem a pergunta: como manter essa rotina sem gastar horas todos os dias postando manualmente?
Aqui entra o grande truque dos profissionais que dominam o jogo: usar uma ferramenta de gestão de mídias sociais como a mLabs.
Com uma plataforma como essa, você pode:
- Agendar postagens com antecedência e manter a consistência;
- Acompanhar métricas para entender o que funciona (e o que precisa ser ajustado);
- Criar e gerenciar conteúdos para várias redes sociais em um só lugar.
E o melhor: isso te liberta do trabalho manual e permite que você foque no que realmente importa – criar conteúdos que engajam e vendem.
Marcas que usam ferramentas como a mLabs conseguem planejar com mais eficiência, escalar a produção e otimizar os resultados sem se sobrecarregar. Se você ainda faz tudo manualmente, está perdendo tempo e deixando oportunidades na mesa.
Espero que uma coisa tenha ficado claro: criar conteúdo na era do infotenimento não é sobre postar qualquer coisa, nem sobre seguir um calendário engessado. É sobre entender o que o seu público quer consumir e entregar isso da forma mais envolvente possível.
As marcas e criadores que dominam isso crescem rápido, constroem comunidades leais e vendem sem precisar empurrar nada. O resto? Segue reclamando que “o Instagram não entrega mais”.
Agora, se você quer não só criar conteúdos que engajam, mas também transformar esses leads em clientes reais, precisa dar o próximo passo.
E a boa notícia é que a Neil Patel Brasil e a mLabs criaram um guia completo sobre Qualificação de Leads: um material estratégico para te ajudar a identificar, nutrir e converter os contatos certos. Clique aqui para baixar o guia gratuito!