Descubra os critérios usados pelos algoritmos das redes sociais que estão em alta e as atualizações que cada uma delas passou.
Não é nenhuma fórmula mágica que coloca as suas postagens no feed dos usuários.
Na realidade, são fórmulas matemáticas — os algoritmos das redes sociais — que consideram diversos fatores para fazer seus posts chegarem a mais ou menos gente.
As redes sociais são bem transparentes nesse quesito. Praticamente todas elas deixam claro como funcionam seus algoritmos.
Mas, aqui entre nós, sabemos que uma rede social não fornecerá tudo que você precisa para dominar o seu algoritmo (o que, no fundo, todos queremos).
Por isso, há diversos especialistas trabalhando duro todos os dias para descobrir os mistérios por trás de cada uma das principais mídias sociais.
E como somos (stalkeadores) estudiosos, reunimos uma série de informações para facilitar seu trabalho e te ajudar a compreender tudo!
Se você quer saber o que fundamenta os algoritmos das redes sociais, continue a leitura!
O que é um algoritmo?
Quando você encontra a palavra “algoritmo”, o que pensa de imediato?
Pode ser que as primeiras palavras que venham à sua mente sejam “programação”, “inteligência artificial” ou até “redes sociais”.
São associações que fazem sentido, até porque uma rápida pesquisa no Google mostrará resultados que reforçam a relação entre algoritmo e essas palavras.
Mas essas mesmas associações também podem fazer parecer que o tema “algoritmos” seja complicado, quando na verdade é algo muito simples de entender.
Algoritmo é uma sequência de instruções ou um conjunto de regras seguidas para completar uma tarefa ou resolver um problema.
Donald E. Knuth, um renomado cientista da computação, define algoritmo como:
“um conjunto de regras para obter uma saída específica de uma entrada específica. Cada etapa deve ser definida com tanta precisão que possa ser traduzida para linguagem de computador e executada por máquina.”
Na programação, algoritmos são a espinha dorsal de qualquer software. Eles determinam como os dados serão processados e como as tarefas serão executadas.
Por exemplo, um algoritmo simples de busca pode ser usado para encontrar um item em uma lista. Aqui está um exemplo básico de um algoritmo de busca linear:
- comece no primeiro item da lista;
- compare o item com o valor que você está procurando;
- se encontrar uma correspondência, pare. Você encontrou o item;
- se não encontrar, passe para o próximo item na lista;
- repita os passos 2-4 até encontrar o item ou até chegar ao fim da lista.
Dependendo da complexidade da tarefa, o algoritmo pode precisar de grande capacidade de processamento e armazenamento de dados.
Na programação, os algoritmos são expressos por códigos escritos em linguagens de programação como Python, Java, C++, entre outras.
Esses códigos são compostos por variáveis, estruturas de controle (como loops e condicionais) e funções que executam os passos do algoritmo.
O que são algoritmos das redes sociais?
Algoritmos das redes sociais são as regras que determinam como o conteúdo é filtrado, classificado, selecionado e recomendado aos usuários.
Esses algoritmos influenciam nossas escolhas e o que vemos no Instagram, no Youtube, no Facebook e em outras plataformas.
Em todas as redes sociais, os algoritmos usam sinais para entender o quanto um usuário gosta de um conteúdo específico e como mostrar conteúdos semelhantes para ele.
Se você comentar, compartilhar ou gostar de um post da mLabs no Instagram, o algoritmo entenderá que você gostou do conteúdo e tentará fornecer posts semelhantes.
Por outro lado, se você parar de assistir a um vídeo da mLabs após alguns segundos ou ocultar uma postagem (ou, Deus me livre, bloquear uma), o algoritmo interpretará isso como sinais negativos e começará a mostrar menos desse conteúdo.
Em cada rede social, os algoritmos usam técnicas de machine learning, um tipo de inteligência artificial, para aprender automaticamente e melhorar a partir dos dados que coletam sobre as atividades dos usuários.
Algumas plataformas, incluindo Instagram e Facebook, fornecem o recurso chamado “Por que estou vendo essa publicação?” em cada publicação no feed.
Essa opção permite ao usuário entender por que está vendo determinado conteúdo (ou seja, o que levou o algoritmo a mostrar o conteúdo para ele).
A rede pode informar que você está vendo uma postagem porque segue determinado perfil, gostou das postagens dele no passado e interage com a conta.
Embora esse modo de funcionamento seja comum em todas as redes sociais, cada plataforma tem foco, público-alvo e requisitos de postagem distintos.
Os espectadores também têm certas expectativas para cada plataforma. Por isso, as redes sociais alteram seus algoritmos de maneiras diferentes para atender a essas expectativas.
Como funcionam os algoritmos das principais redes sociais em 2024?
O primeiro passo para fazer um algoritmo trabalhar a seu favor é entender como ele funciona. Nas redes sociais, não é diferente.
Então, vamos agora entender como os algoritmos das principais redes sociais moldam a experiência dos usuários, considerando as suas atualizações mais recentes.
Algoritmo do Instagram
No Instagram, não há um único algoritmo que controla tudo o que os usuários veem.
Cada seção do Instagram (Reels, Feed, Stories e Explore) tem um algoritmo diferente com a sua própria lógica e critérios para recomendar conteúdos.
Por exemplo, vídeos que são mais envolventes e originais têm mais chance de serem exibidos para um público maior em Reels, enquanto o algoritmo do Explore busca mostrar conteúdos novos com base nos interesses do usuário e nas interações recentes.
Cada seção tem um objetivo específico na experiência dos usuários. Portanto, cada algoritmo usa critérios próprios para a exibição dos conteúdos.
Segundo informações da própria rede, os vários algoritmos do Instagram também se justificam pelo crescimento do próprio Instagram, o que provocou uma situação na qual os usuários tiveram mais dificuldade de encontrar o que desejavam.
Diante disso, algoritmos diferentes passaram a ser aplicados para a exibição dos conteúdos em cada uma de suas seções.
Algoritmo do Facebook
O algoritmo do Facebook é chamado de EdgeRank.
Esse é o código da programação da plataforma que funciona para organizar o feed e os stories de acordo com as preferências de cada usuário.
Seu objetivo é o padrão de todos: mostrar ao usuário o conteúdo que ele é mais propenso a reagir, comentar ou compartilhar, com base em seus comportamentos anteriores.
Alguns dos fatores que influenciam o mural do Facebook são:
- concorrência: post de uma Fanpage concorre com os amigos da pessoa, grupos, anúncios e postagens de outras páginas corporativas;
- engajamento quanto mais interações o post tiver, maior será o alcance;
- tipo de post: constantemente o Facebook mexe seus pauzinhos para que um tipo de conteúdo chegue mais facilmente ao usuário. Isso aconteceu com as imagens, os vídeos e os vídeos ao vivo;
- afinidade: o Facebook também considera as frequentes interações entre usuários para priorizar melhores amigos.
Apesar de o usuário do Facebook disputar espaço com os muitos anúncios que aparecem em meio ao feed, o algoritmo ainda dá prioridade às relações entre pessoas.
Algoritmo do LinkedIn
Se você usa estratégias de marketing no LinkedIn, vale a pena entender que o algoritmo dessa rede é um pouco diferente dos demais.
Ao contrário de outras plataformas, o algoritmo do LinkedIn é especificamente criado para impedir que o conteúdo se torne viral.
Sim, você leu isso mesmo. O LinkedIn prioriza aqueles conteúdos que fornecem conhecimentos e conselhos relevantes para cada usuário.
Isso requer um algoritmo completamente diferente do que você encontra no Linkedin, por exemplo, onde o conteúdo mais valorizado é aquele feito para entreter.
As recentes atualizações do algoritmo do LinkedIn reforçam que o conhecimento especializado é mais importante do que nunca.
Em entrevista para a revista Entrepreneur, Dan Roth , editor-chefe do LinkedIn, diz:
“Quando as coisas se tornam virais no LinkedIn, geralmente é um sinal para nós de que precisamos analisar isso, porque não é algo comemorado internamente”
Apesar dessa particularidade, o modus operandi do algoritmo do LinkedIn não é muito diferente do algoritmo de outras redes sociais.
Os tópicos, usuários e tipos de publicações com os quais uma pessoa tem maior chance de interagir determinam o que aparecerá no seu feed.
Algoritmo do X
Embora o X tenha várias secções, como Explorar, Tendências, Para Si e Seguir, um único algoritmo controla como o conteúdo é distribuído em todas elas.
Esse algoritmo registra todas as interações que um usuário tem na plataforma, incluindo as publicações que visualiza, os tópicos que segue, os cliques que faz, as curtidas que atribui e as respostas que dá a determinados conteúdos.
Com base nessas informações, o algoritmo começa a criar um perfil de interesses para esse usuário.
Utilizando esse perfil de interesses como base, o algoritmo do X começa a recomendar conteúdos relevantes.
Por exemplo, se um usuário demonstra interesse em fotografia, é provável que o algoritmo sugira contas de fotógrafos talentosos ou tópicos relacionados com técnicas de fotografia.
O algoritmo também avalia a interação das pessoas com o conteúdo de um utilizador.
Se uma publicação recebe muitas curtidas, compartilhamentos e respostas positivas, ele interpreta isso como um sinal de que o conteúdo é relevante e interessante.
Como resultado, o algoritmo pode decidir promover essa publicação, tornando-a mais visível para um público mais amplo.
De acordo com dados do próprio X, seu algoritmo analisa cerca de 500 milhões de tweets diários para exibir apenas os relevantes na linha do tempo do usuário.
Algoritmo do TikTok
O TikTok surgiu para ser uma rede social com vídeos virais. Mas, para fazer o algoritmo do TikTok trabalhar a seu favor, é preciso entender como os vídeos são distribuídos.
O grande diferencial do TikTok é que ele foca mais na relevância do conteúdo, e não nas conexões dos usuários, para criar uma experiência personalizada.
Rafael Kiso, fundador e CMO da mLabs, explica que essa dinâmica do TikTok, em comparação com o algoritmo do Instagram, coloca o conteúdo no centro:
“No TikTok, o algoritmo prioriza mostrar o conteúdo para quem está genuinamente interessado nele, independente de quem o criou. Isso significa que o foco é encontrar quem realmente se interessa por esse tipo de conteúdo e criar conteúdos para esse público.”
É o foco no conteúdo que está por trás dos virais do TikTok. Mesmo se o perfil não tiver muitos seguidores, ele pode chegar a muitas outras pessoas.
O interesse dos usuários é captado de acordo com alguns critérios, como tempo de visualização dos vídeos, curtidas e comentários, e informações do perfil.
Algoritmo do Youtube
Esteja você aprendendo a desentupir um ralo ou procurando videoclipes da sua banda favorita, o algoritmo do YouTube estará lá para lhe entregar o conteúdo certo.
E não pense que o trabalho dele é fácil, afinal, são mais de 500 horas de conteúdo enviadas ao YouTube por minuto, segundo dados do Statista.
Basicamente, o algoritmo do Youtube funciona em duas etapas principais.
Primeiramente, o algoritmo analisa o desempenho dos vídeos a partir de métricas como número de visualizações, tempo médio de visualização, curtidas, comentários e compartilhamentos.
Vídeos que geram alto engajamento e interesse entre os usuários têm mais chances de serem recomendados.
Em seguida, o algoritmo utiliza informações sobre os hábitos de visualização anteriores de cada usuário para fazer recomendações.
Ele considera os vídeos que o usuário assistiu no passado, bem como suas interações, como curtidas, comentários e compartilhamentos.
Com base nessas informações, o algoritmo procura sugerir vídeos que sejam relevantes e interessantes para o usuário.
O objetivo final do algoritmo do YouTube não é trazer para você o vídeo mais popular ou mais recente sobre um termo de pesquisa, mas sim combinar cada usuário com o conteúdo que ele deseja assistir.
Isso significa que as recomendações são personalizadas para garantir que cada pessoa tenha uma experiência de visualização satisfatória na plataforma.
Algoritmo do Pinterest
Se você acredita que estar ou não presente no Pinterest não faz diferença, talvez seja hora de reconsiderar essa opinião.
São mais de milhões de usuários em todo o mundo no Pinterest. E, segundo dados oficiais da rede, praticamente 10% desse total (46 milhões) são brasileiros.
Entender o algoritmo dessa plataforma pode ser fundamental para melhorar os resultados das marcas que a utilizam.
Em linhas gerais, o Pinterest utiliza um algoritmo de recomendação que se destaca pela sua eficácia. A plataforma cria um feed cheio de imagens, conhecidas como “pins”, que ele prevê que serão atraentes para cada usuário.
Se as pessoas visualizam pins que gostam, há uma boa chance de serem usuários ativos.
Esses usuários tendem a retornar regularmente, visualizar anúncios personalizados e começar a montar suas próprias coleções de pins.
Por outro lado, se os novos usuários não encontram algo que lhes interesse, há uma grande probabilidade de que eles não voltem mais à plataforma.
Portanto, a capacidade do algoritmo em recomendar conteúdo relevante e atrativo desde o início é crucial para a experiência do usuário e para o engajamento a longo prazo.
Como as mudanças no algoritmo impactam as estratégias de marketing nas redes sociais?
Algoritmos trabalham como uma espécie de organismo vivo, sempre se adaptando e evoluindo. Isso não é diferente com o algoritmo das redes sociais.
Para melhorar a experiência do usuário, a atualização de um algoritmo pode acabar impactando o alcance e a produção de conteúdo, e isso demanda mudanças nas estratégias de quem trabalha com marketing nas redes sociais.
Quer um exemplo? Em 2020, em resposta à demanda por vídeos curtos e virais impulsionada pelo TikTok, o Instagram decidiu não ficar para trás e lançou o Reels.
Com o novo formato, o Instagram passou a ter uma nova seção de conteúdos e começou a priorizar os vídeos curtos no feed dos usuários.
Isso significa que as empresas tiveram que se adaptar rapidamente, começando a produzir vídeos que capturam a atenção nos primeiros segundos.
Mas nem sempre as atualizações são mudanças de paradigmas.
Às vezes, elas trazem apenas uma opção extra para a estratégia nas redes sociais. Um exemplo disso é uma das novidades do Instagram em 2024, o carrossel colaborativo.
Essa atualização permitiu que vários usuários pudessem contribuir para um único carrossel de fotos e vídeos, criando uma maneira de criar conteúdo colaborativamente.
Isso abriu novas possibilidades para parcerias (ou, collab, para os íntimos) entre marcas e influenciadores, e facilitou a criação de conteúdo mais diversificado.
O mais importante é entender que as mudanças nos algoritmos das redes sociais são constantes e impactam diretamente como o conteúdo é produzido e distribuído.
O desafio muitas vezes é grande, mas quem consegue se adaptar, sai na frente.
Como fazer o algoritmo das redes sociais trabalhar a seu favor?
A maioria dos estrategistas de redes sociais sente como se estivesse sempre correndo atrás dos algoritmos, mas e se eu te disser que é possível fazer o algoritmo das redes sociais trabalhar a seu favor? 😎
Isso mesmo! Fazer o algoritmo trabalhar a seu favor significa conhecer as normas e práticas que são consistentes mesmo com as atualizações das redes sociais.
Bora para as dicas que vão fazer seus resultados decolarem!
Publique conteúdo de qualidade
Em vez de encher a timeline com qualquer coisa, invista em conteúdo de qualidade. Isso significa criar posts que interessam ao público, que informam, entretêm ou inspiram.
O que não pode faltar na produção de conteúdo de qualidade nas redes sociais:
- entender quem são os seguidores e o que eles gostam vai te ajudar a criar conteúdo que realmente ressoe com eles;
- as pessoas gostam de autenticidade. Mostre o lado real da sua marca ou personalidade, isso vai te ajudar a se conectar melhor com seu público;
- as histórias têm um poder enorme de envolver as pessoas. Use um bom storytelling para transmitir sua mensagem e criar uma conexão emocional.
Quando o algoritmo percebe que as pessoas estão interagindo mais com suas postagens – curtindo, comentando e compartilhando – ele tende a mostrar mais o conteúdo do perfil para outras pessoas.
Use hashtags
As hashtags funcionam como etiquetas em redes como Instagram, Twitter e TikTok.
Elas organizam as publicações em temas específicos na rede social e atraem um público interessado no que um perfil tem a oferecer.
Porém, hashtags muito genéricas podem acabar se perdendo em meio a milhões de outras postagens. Por isso, é recomendável usar hashtags específicas, que realmente descrevem o conteúdo das postagens.
Agora que entendemos a importância de escolher as hashtags certas, vamos às dicas:
- antes de sair colocando qualquer hashtag nas postagens, faça uma pesquisa para descobrir quais são as mais populares e relevantes para o nicho da marca;
- não use muitas hashtags em um único post. O ideal é usar entre 3 a 5 hashtags relevantes por postagem;
- se uma hashtag relevante estiver em tendência, aproveite para usá-la e se conectar com um público maior.
Não subestime o poder das hashtags e comece a usá-las de maneira inteligente hoje mesmo.
Mantenha uma regularidade nas publicações
A regularidade é um dos pilares para construir uma presença forte nas redes sociais.
Algoritmos de redes sociais tendem a favorecer contas que postam com frequência e nos melhores horários (quando os usuários estão mais ativos nas plataformas).
Para manter essa regularidade, é importante criar um calendário editorial.
Isso pode ser tão simples quanto definir os dias da semana e horários em que você vai postar, ou tão complexo quanto planejar temas e tipos de conteúdo para cada postagem.
O importante é encontrar uma frequência que funcione para você e que seja sustentável a longo prazo.
Com essas dicas, você conseguirá fazer os algoritmos das redes sociais trabalharem a seu favor. Então, coloque tudo em prática e comece hoje mesmo a ver os resultados! 💪
Aproveite também para entender tudo sobre conteúdo UGC e como integrar esse formato de conteúdo ao marketing nas redes sociais.