O mercado de influência digital é um nicho bilionário, cheio de possibilidades e recompensas para quem sabe usar as maiores plataformas.
Segundo estimativas da Influencer Marketing Hub, a indústria de influenciadores já vale 21,1 bilhões de dólares, cerca de 100 bilhões de reais (Marketing Hub, 2023).
Mas, dentro do imenso universo do marketing de influência, o Instagram é tão dominante que criou, ao seu redor, um verdadeiro mercado criativo próprio.
Estamos falando de uma cadeia completa que envolve agências especializadas, redatores, fotógrafos, planners que organizam o calendário de postagens e até cursos e mentorias voltados exclusivamente para performance no Instagram.
A profissão de “instagrammer” é uma realidade no mercado digital e tende a ser uma carreira ainda mais lucrativa nos próximos anos. São mais de 2 bilhões de usuários ativos por mês no Instagram, e o Brasil está entre os países que mais usam a plataforma.
Se você está de olho em transformar a rede em uma carreira, é agora que o jogo começa para valer. Continue para entender o que realmente faz um instagrammer, o que diferencia o profissional do amador e como transformar seu conteúdo em uma fonte de renda.
O que é um Instagrammer?
Instagrammers são influenciadores digitais que produzem conteúdo no Instagram. Um instagrammer pode ser alguém com milhares ou até milhões de seguidores, mas também pode ser um microinfluenciador.
O termo vem da junção do nome da rede com o sufixo “-er”, muito usado em inglês para indicar quem faz algo. Assim como “blogger” é quem escreve em blogs, o “instagrammer” é quem produz conteúdo no Instagram de forma profissional, não apenas como passatempo.
O que faz um instagrammer?
As atividades de um instagrammer geralmente incluem:
- Planejamento de pautas alinhadas ao público e objetivos da marca pessoal ou comercial;
- Produção e edição de fotos e vídeos para os diferentes formatos da plataforma (feed, reels, stories e lives);
- Criação de legendas com gatilhos de engajamento e uso de hashtags;
- Análise de métricas de performance (alcance, impressões, taxa de engajamento, retenção de vídeo, entre outras);
- Monitoramento das interações com seguidores, respondendo DMs e comentários para manter a comunidade ativa;
- Adaptação do conteúdo às atualizações do algoritmo e às tendências visuais e comportamentais da plataforma;
- Gestão de parcerias comerciais (collabs), desde a negociação com marcas até a entrega de campanhas patrocinadas.
O que diferencia um instagrammer profissional de um amador?
O que diferencia um instagrammer profissional de um amador não é a quantidade de seguidores. Tem gente com menos de 10 mil seguidores fechando contrato com patrocinadores, e tem perfil com 100 mil que ainda trata o Instagram como um hobby.
Muita gente ainda pensa que só dá para ser considerado “profissional” depois de bater 10 mil, 50 mil ou até 100 mil seguidores — mas isso não poderia estar mais longe da realidade.
A Influency.me fez um levantamento que aponta que 42% das marcas clientes buscam gerar visibilidade com microinfluenciadores (que possuem entre 10 mil e 500 mil seguidores), porque eles geram mais identificação com o público (Influency.me, 2023).
A profissionalização do instagrammer depende da postura frente a dois fatores principais: a produção de conteúdo e o uso das formas de monetização. Quem é profissional entende que está lidando com um negócio, enquanto o amador posta quando dá vontade, sem pensar muito no porquê ou no resultado.
O instagrammer profissional, assim como qualquer outra pessoa comprometida com o seu trabalho, tem estratégias. Ele planeja, estuda o público-alvo, organiza calendário de postagens, analisa os dados, adapta conteúdo com base em performance e tem consistência. Não depende de “inspiração”.
Por que investir na profissão instagrammer?
Para quem tem criatividade, gosta de se comunicar e está disposto a aprender sobre marketing digital, existe sim espaço para transformar likes, vídeos e stories em carreira. A seguir, você vai entender por que vale a pena levar essa profissão a sério.
O mercado de influência está mais quente do que nunca
Não é exagero dizer que o marketing de influência é uma das áreas que mais crescem dentro do universo digital. Marcas de todos os tamanhos estão trocando anúncios genéricos por parcerias com criadores que têm autoridade com o público.
Se antes só grandes nomes ganhavam com isso, hoje os chamados micro e nanoinfluenciadores estão conquistando espaço e contratos. É um mercado democrático, onde quem tem consistência, nicho definido e autenticidade consegue se destacar.
Você cria seu próprio negócio (e pode começar do zero)
Ser instagrammer é, na prática, ser dono da própria marca. Você decide o que comunica, como se posiciona, quais produtos ou serviços vai oferecer, e constrói tudo com base no seu estilo e valores.
É um modelo de negócio que não exige investimento inicial alto — o que você precisa é de tempo, dedicação e conhecimento. Dá para começar com o celular que você já tem, usando a própria rotina como matéria-prima para criar conteúdo.
Com planejamento e estratégia, você transforma um simples perfil pessoal em uma máquina de engajamento e faturamento.
As possibilidades de monetização são diversas
Ao investir na carreira de instagrammer, você não depende de uma única fonte de renda. É possível ganhar com publis patrocinados, parcerias com marcas, venda de produtos ou serviços, conteúdos exclusivos e até programas de afiliados.
Quanto mais você entende seu público e se posiciona como autoridade em um nicho, mais oportunidades surgem. E o melhor: você tem liberdade para escolher os caminhos que combinam com seus objetivos.
Como monetizar o Instagram?
Existem várias formas de transformar seu conteúdo do Instagram em fonte de renda, e cada uma delas se adapta a perfis diferentes de criadores. Tudo vai depender do tipo de audiência, do seu posicionamento e dos recursos que está disposto a oferecer.
Reunimos na lista abaixo as formas mais comuns de ganhar dinheiro no Instagram e entender como cada um deles pode gerar retorno real.
Parcerias com marcas
Esse modelo é um dos mais clássicos do marketing de influência. Funciona assim: a empresa contrata o instagrammer para divulgar um produto ou serviço de forma estratégica, usando a linguagem e o estilo próprios do influenciador.
Mas as marcas interessadas na parceria procuram criadores de conteúdo que conversem com seu público-alvo e tenham autoridade em um determinado segmento.
Normalmente, o departamento de marketing das marcas avaliam se o criador tem um media kit com métricas de alcance, engajamento, perfil demográfico da audiência e cases anteriores. As marcam analisam esses dados para decidir se a parceria vale a pena.
Quanto mais segmentado e engajado for o público, maiores são as chances de fechar bons contratos — mesmo que os números de seguidores não sejam tão altos.
Publis patrocinados
A publi (ou publicação patrocinada) é outro tipo de parceria comum para instagrammers: a marca paga para aparecer no conteúdo do criador.
Pode ser em forma de post no feed, reels, stories com link, ou um combo disso tudo. É uma transação direta — a empresa compra visibilidade e influência, e o instagrammer entrega uma peça de conteúdo.
O resultado de métricas como taxa de conclusão, cliques e compartilhamentos podem mostrar à marca que o investimento valeu a pena — e abrir espaço para novas campanhas.
Vendas diretas de produtos e serviços
Outra forma de monetização, muito comum entre especialistas e pequenos empreendedores, é usar o Instagram como canal de vendas direto.
Nesse caso, o criador não depende de parcerias externas. Ele oferece os próprios produtos físicos (como roupas, cosméticos, artes, livros) ou digitais (e-books, cursos, templates, planners, etc).
O diferencial está na construção de uma comunidade que confia no que é oferecido. Quem domina storytelling, copy e técnicas de funil consegue converter seguidores em compradores de forma natural, usando posts, gatilhos emocionais e boas ofertas.
O Instagram também permite incluir links na bio, usar loja integrada e aproveitar as ferramentas de catálogo para facilitar o processo de compra.
Oferecimento de serviços
Instagrammers que dominam uma habilidade como design, fotografia, produção de conteúdo, consultoria de imagem, social media, edição de vídeo, entre outros podem usar o perfil como portfólio ativo e canal de captação de clientes.
O conteúdo, nesse caso, serve para mostrar autoridade, apresentar resultados anteriores, responder dúvidas frequentes do público e gerar conexão com potenciais contratantes.
Para esse modelo funcionar, o influenciador geralmente tem uma jornada clara que leve o seguidor a solicitar orçamento, preencher um formulário ou entrar em contato direto.
É um funil de vendas mais curto, com conversões mais rápidas, desde que o valor do serviço esteja bem comunicado.
Criação de conteúdos exclusivos
A monetização via conteúdos exclusivos vem crescendo com força com o uso de recursos nativos do Instagram, como o “Close Friends” (Melhores Amigos), ou por plataformas externas como Sparkle, Apoia.se, Catarse ou Hotmart Club.
A estratégia se baseia na criação de uma camada premium de conteúdo: enquanto o perfil aberto atrai novos seguidores e constrói autoridade, o conteúdo exclusivo entrega algo mais profundo, personalizado ou estratégico — em troca de pagamento recorrente.
Alguns exemplos:
- Comunidade fechada com dicas semanais;
- Bastidores da vida pessoal;
- Mentorias;
- Tutoriais;
- Análises de conteúdo em tempo real.
Nesses casos, os influenciadores priorizam manter uma entrega constante, criar senso de pertencimento e valor percebido, além de usar gatilhos de escassez e exclusividade.
Como prospectar marcas para parcerias?
Prospectar marcas significa buscar ativamente empresas que tenham interesse em investir no seu conteúdo — ou seja, ir atrás das oportunidades em vez de esperar que elas apareçam.
Para instagrammers que querem transformar o perfil em uma fonte de renda, essa etapa é indispensável. Confira nossas dicas!
Preparar um mídia kit
Mídia kit é um documento que apresenta o perfil profissional de um criador de conteúdo. A ideia é fornecer às marcas informações relevantes sobre o instagrammer para facilitar a tomada de decisão para parcerias comerciais.
No geral, um bom mídia kit deve conter:
- dados quantitativos (número de seguidores, taxa média de engajamento, alcance médio por publicação, impressões, visualizações de stories e reels);
- dados qualitativos (nicho de atuação, estilo de conteúdo, valores da marca pessoal e diferenciais competitivos).
O mídia kit deve incluir também o perfil da audiência segmentado por gênero, faixa etária, localização geográfica e comportamento de consumo.
Sempre que possível, é indicado incluir um ou dois cases de parcerias anteriores com resultados mensuráveis (ex: aumento de tráfego, conversão, vendas com link rastreável).
A construção visual do mídia kit precisa estar alinhada à identidade do instagrammer e pode ter uma versão em PDF leve, com até 10 páginas, que possa ser enviada por e-mail facilmente.
Planejar uma abordagem às marcas
Antes de entrar em contato, é preciso identificar as marcas certas, ou seja, aquelas que realmente têm sinergia com o seu conteúdo e com o perfil do seu público:
- Faça uma análise do seu nicho e identifique marcas que já investem em influenciadores;
- Priorize empresas com linguagem, posicionamento e estética compatíveis com seu perfil;
- Crie uma planilha para organizar os contatos, status da abordagem e histórico de respostas.
Normalmente, esse tipo de contato é feito via e-mail corporativo, preferencialmente para os setores de marketing, branding ou agências intermediárias.
A estrutura da abordagem pode seguir um formato executivo:
- 1) Saudação personalizada;
- 2) Breve apresentação profissional;
- 3) Justificativa estratégica para a proposta de parceria;
- 4) Proposta de reunião ou envio de mídia kit anexo.
O tom da mensagem é objetivo e respeitar a política de compliance da marca, evitando jargões informais ou abordagens genéricas.
Definir a preço e plano de postagens
Normalmente, a precificação da parceira é baseada em critérios objetivos, como: CPM (custo por mil impressões), taxa de engajamento média, esforço de produção, exclusividade de campanha, uso de imagem, formato do conteúdo e tempo de exposição.
O ideal é que o instagrammer tenha uma tabela de precificação base, adaptável conforme o briefing da marca.
O plano de postagens está vinculado a entregas claras e mensuráveis: por exemplo, “1 post em carrossel no feed com permanência de 30 dias”, “3 stories sequenciais com link rastreável”, ou “1 reels com entrega orgânica e impulsionamento autorizado por 7 dias”.
A proposta comercial pode ser apresentada em PDF com as opções de pacotes (com variações de investimento e entregas), formas de pagamento e possibilidade de descontos progressivos para contratos de longo prazo.
Sempre que possível, deve-se incluir projeções de desempenho baseadas em campanhas anteriores ou em dados históricos da conta, com estimativas de alcance e cliques.
Garantir uma formalização jurídica
Foi aprovada a proposta? É importante formalizar a parceria por meio de um contrato que contenha algumas informações importantes:
- Objeto da prestação de serviço (descrição técnica das entregas);
- Valor acordado;
- Forma de pagamento (prazo, modalidade, dados bancários ou via PJ);
- Cláusulas de exclusividade;
- Cessão de direitos de imagem e uso do conteúdo pela marca (prazo e finalidade);
- Responsabilidades de ambas as partes;
- Penalidades em caso de descumprimento e foro jurídico para solução de eventuais conflitos.
É recomendável que o instagrammer atue com CNPJ — sendo MEI ou microempresa — para emissão de nota fiscal, o que facilita o recebimento de pagamentos e garante conformidade tributária.
Caso o instagrammer atue como pessoa física, é possível solicitar um RPA (Recibo de Pagamento Autônomo) ou contrato de prestação de serviço com retenção de impostos prevista.
Quais são as principais ferramentas para instagrammers?
Em tese, você não precisa de nenhuma ferramenta para ser instagrammer, afinal, dá para criar, postar e interagir direto do celular. Mas, se a ideia é profissionalizar o conteúdo e ganhar tempo, contar com boas ferramentas deixa tudo mais fácil.
Abaixo, confira as principais sugestões de ferramentas para quem vive de conteúdo.
Agendamento de postagens
Esquecer de postar, perder o timing ou deixar de aproveitar uma data importante são erros comuns quando tudo é feito no improviso.
Por isso, uma boa ferramenta de agendamento de posts permite programar com antecedência todos os formatos: feed, reels, stories e até publicações colaborativas.
Calendário editorial
O calendário editorial funciona como um mapa do seu conteúdo: mostra datas importantes, temas programados, horários de publicação e até quais posts já foram publicados.
É a melhor forma de identificar lacunas, evitar repetições e manter sua linha editorial alinhada com os objetivos do perfil, seja ele informativo, comercial ou de influência pessoal.
Acompanhamento de performance
Uma ferramenta de análise de desempenho mostra os números reais de cada postagem: alcance, impressões, engajamento, cliques e crescimento de seguidores.
Com esses dados, você entende quais formatos têm mais impacto, qual horário funciona melhor e o que pode ser ajustado para melhorar os resultados.
Central de interações
Responder comentários, mensagens diretas e menções pode se tornar uma tarefa confusa quando feita manualmente, principalmente se o volume crescer. Uma central de interações organiza tudo em um só lugar.
Organização de tarefas e aprovação de conteúdo
Se você trabalha com equipe ou com marcas, ter um fluxo de trabalho é uma prioridade. O workflow é a melhor forma de criar tarefas, adicionar briefings, acompanhar o status de cada post (rascunho, revisão, aprovado) e até registrar feedbacks.
Como a mLabs auxilia instagrammers em sua rotina?
Agora que você já entendeu quais são as ferramentas para quem quer atuar como instagrammer profissional, vem a pergunta: existe uma solução que reúna tudo isso em um só lugar? A resposta é sim, e essa solução se chama mLabs.
A mLabs é uma plataforma de gestão completa para mídias sociais utilizada por mais de 200 mil marcas, que foi criada justamente para facilitar a vida de quem vive de conteúdo.
Ela supre todas essas dores do dia a dia: falta de tempo, dificuldade para manter consistência, desorganização no calendário, ausência de métricas claras e até a correria para responder aos seguidores.
As principais funcionalidades da mLabs para instagrammers:
- Programe posts para o feed, stories, reels e carrossel;
- Organize e visualize suas postagens programadas e publicadas;
- Acompanhe métricas sobre alcance, engajamento e crescimento;
- Centralize e responda mensagens diretas e comentários;
- Gerencie fluxos de trabalho, desde a criação até a aprovação de conteúdos.
Integrando essas funcionalidades, a mLabs se torna uma aliada para instagrammers que buscam profissionalizar sua presença digital e alcançar melhores resultados no Instagram.
Exemplos de grandes instagrammers
Quer ver na prática como é possível transformar o Instagram em profissão? A gente separou alguns exemplos de instagrammers que fizeram isso acontecer de verdade.
Carlinhos Maia (@carlinhosmaiaof)
Luiz Carlos Ferreira dos Santos, conhecido como Carlinhos Maia, é um influenciador digital, comediante e empresário brasileiro.
Nascido em Penedo, Alagoas, Carlinhos ganhou notoriedade ao compartilhar vídeos humorísticos que retratam o cotidiano de sua comunidade, a Vila Primavera.
Com um estilo autêntico e carismático, ele conquistou uma base sólida de seguidores e expandiu sua atuação para o teatro e a televisão, participando de programas como “Os Roni” e “Uma Vila de Novela”.
Camila Coelho (@camilacoelho)
Camila Coelho é uma influenciadora e empresária brasileira que se destacou no segmento de moda e beleza. Ela começou compartilhando tutoriais de maquiagem e, com o tempo, tornou-se referência internacional no setor.
Camila lançou sua própria linha de produtos de beleza e moda, e seu perfil no Instagram é uma vitrine de tendências, dicas de estilo e insights sobre sua vida pessoal e profissional.
Iran Ferreira (@luvadepedreiro)
O Iran Ferreira ganhou fama como “Luva de Pedreiro” ao compartilhar vídeos de habilidades em campos de futebol com terra batida. A autenticidade e paixão pelo esporte chamaram a atenção de grandes nomes do futebol, como Neymar Jr. e Cristiano Ronaldo.
Com milhões de seguidores, o Luva já fez parcerias no Instagram com grandes marcas, incluindo McDonald’s, Pepsi e Adidas.
Agora que você já entendeu como funciona a profissão de instagrammer, é hora de colocar tudo em prática. O mais importante é dar o primeiro passo — porque sim, dá para viver de conteúdo e construir uma carreira sólida no Instagram.
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